
Foto: Adriano Cruvinel
Uma nova forma de ver a agricultura mundial, a partir de práticas que vão além da sustentabilidade e têm maior enfoque sobre a regeneração do solo, na biodiversidade e nos
ecossistemas. Essa é a premissa fundamental da Agricultura Regenerativa e, ainda que não
haja uma definição única, consensualmente entende-se que seus processos garantirão o futuro da produção agrícola de forma resiliente e sustentável, principalmente diante das mudanças climáticas.
Basicamente, o ciclo atual coloca a agricultura como parte da solução – o que representa uma grande vzirada sob a perspectiva ambiental mundial. “Porém, essa visão ainda precisa ser consolidada”, defende a líder de Produtos de Sustentabilidade da Cargill para a América Latina, Ingrid Graziano.
Esse é um dos principais desafios para a expansão da Agricultura Regenerativa no Brasil e no mundo, na medida em que não existe um pacote tecnológico, ou seja, uma receita de bolo aplicável para toda e qualquer situação. A Revolução Verde, que iniciou na década de 1970 e possibilitou o avanço da agricultura no Cerrado brasileiro, segundo Ingrid, não nos levará muito mais adiante. “É preciso considerar os desdobramentos em cada cultura, região, país e, até mesmo, em cada fazenda”, destaca.

Quando se fala no cultivo de grãos, o objetivo é usar o processo produtivo como forma de
gerar e manter a vida do solo, bem como, do ecossistema envolvido. Para tanto, são
desenvolvidas práticas de regeneração, a fim de criar resiliência para todo o sistema, inclusive para o produtor, principalmente diante do desafio das mudanças climáticas. Tais necessidades vão ao encontro de iniciativas como o projeto Regenera Cerrado, que une pesquisadores e produtores para a disseminação do conhecimento sobre Agricultura Regenerativa, com validação científica.
A Cargill é uma empresa familiar que fornece alimentos, soluções agrícolas, ingredientes e
produtos industriais para nutrir o mundo de forma segura, responsável e sustentável.
Situada no centro da cadeia de suprimentos, a empresa atua sobre três áreas estratégicas prioritárias:

Conforme Ingrid, o Regenera Cerrado impacta nessas três áreas: “Incentivar que o processo produtivo seja mais eficiente, proporcionar melhor rentabilidade e otimização de recursos, mais rapidez e regeneração do ecossistema e, ao mesmo tempo, gerar menor emissão de gases de efeito estufa”, relata.
O Regenera Cerrado, coordenado administrativamente pelo Instituto BioSistêmico (IBS) e
tecnicamente pela Embrapa, conta com a parceria de renomadas instituições de ensino e pesquisa e de fazendas do sudoeste goiano. O projeto é patrocinado pela Cargill que, ao apoiar iniciativas como essa, contribui para a nova revolução no campo. “É muito gratificante ver o envolvimento e dedicação dos produtores locais, que são vanguardistas nesse processo; eles enfrentam desafios por testarem as novas práticas, mas, certamente, colherão primeiro os benefícios da mudança”, celebra Ingrid.
Esta iniciativa é parte de um conjunto de ações da Cargill para consolidar sua liderança no
mercado global, adotando iniciativas de incentivo e aceleração para difundir a Agricultura
Regenerativa no Brasil e no mundo, com base em três pilares: visão focada no produtor rural e suas necessidades; planejamento, métricas e monitoramento do progresso; investimento em ciência; e tecnologia. “Temos programas de apoio e desenvolvimento de produtores rurais e investimos financeiramente em projetos que estejam alinhados com nossa visão de futuro”, afirma Ingrid.
Sobre o Regenera Cerrado
O Regenera Cerrado tem como objetivo disseminar técnicas de agricultura regenerativa,
respaldadas cientificamente e que sirvam de exemplo escalável de produção de soja e milho para o Brasil e para o mundo. Idealizado no Instituto Fórum do Futuro, em 2022, o projeto conta com o patrocínio da Cargill, execução operacional do Instituto BioSistêmico (IBS) e parceria de nove instituições nacionais, além de 12 fazendas da região do município de Rio Verde, no sudoeste de Goiás.
As instituições parceiras no Projeto Regenera Cerrado são: Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa); Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig); Grupo Associado de Agricultura Sustentável (GAAS); Grupo Associado de Pesquisa do Sudoeste Goiano (GAPES); Instituto Federal Goiano; Universidade Federal de Lavras (UFLA); Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); e Universidade de Brasília (UnB).
Para mais informações sobre o projeto, acesse o site do Instituto Fórum do Futuro:
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